terça-feira, 10 de setembro de 2013

Relendo o que escrevi

Relendo trechos do meu livro "Governança da Internet: Aspectos da Formação de um Regime Global e Oportunidades para a Ação Diplomática", publicado em junho de 2011 pela Editora FUNAG, deparei-me com esse trecho, que me surpreendeu pela impressionante atualidade em tempos de espionagem e violação de privacidade na Internet (pág. 159):
"O debate sobre privacidade e direitos humanos remete a questões fundamentais da organização política e social do mundo contemporâneo, postas em xeque pela arquitetura tecnológica em que a Internet foi projetada. (...) Visto desde perspectiva sociocultural, o debate sobre Internet e privacidade traz à tona o fantasma orwelliano de sociedade totalitária, amparada em meios tecnológicos usados por um Big Brother onisciente e controlador das ações individuais. A tecnologia permite a adoção de modelos cada vez mais intrusivos; o limite terá necessariamente de ser dado pela lei. Lei que opere sob os limites da jurisdição nacional, no entanto, terá duvidosa eficácia na garantia de direitos e liberdades individuais no ciberespaço."
A propósito, o livro pode ser encomendado no site da editora, mas também pode ser baixado gratuitamente, já que publiquei sob a licença @CreativeCommons.

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