Aurora Profana
A vista a estrada alcança, avança
Densa mata escura augura
Fé constrói, corrói, destrói
Em ti na longa ida pensa
Quando sobre a mata plana
Fugaz sentido em si levanta
Breve som primórdio ecoa
Lava, cria, faz constança
Visão, o vão sentido, embaça
Calor e dor a mão engana
Da rosa aroma desvanece
Nem cor, sabor, odor revela
A tua aurora profana
A roda gira, a alma dança
Temor ausente inspira a paz
A mente tenta sem lembrança
Final sem ti não há
À existência.
Revirando manuscritos, encontrei essa poesia aí, que escrevi há um ano, logo antes de deixar Brasília. Como blogs também se prestam a essas coisas, resolvi compartilhá-la aqui. Espero que tenham gostado.
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