quinta-feira, 22 de outubro de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
terráqueos
quarta-feira, 17 de junho de 2009
relações e desejos
Muitos de nós, quando começamos um relacionamento, cometemos o erro essencial: tentamos barganhar. Algo como "eu te amo se você me amar de volta". E ficamos na expectativa de que o (a) parceiro (a) vai demonstrar, por suas ações e palavras, que corresponde ao que esperamos, que é sermos amados. Essa é a fórmula do desastre. Na nossa ânsia implacável pelo desejo de receber (prazer, atenção, amor, qualquer coisa menos indiferença), tornamo-nos vulneráveis às nossas próprias feridas e esquecemos que o mais importante, em qualquer relacionamento, não é o que vamos receber em troca, mas o que temos a oferecer, a dar, sem esperar retorno.
Amar não é um negócio. Casamento, sim; relacionamento, não. Mas é muito difícil deixarmos de lado a nossa expectativa de que, finalmente, encontramos alguém que vai suprir as nossas necessidades crônicas, algumas que carregamos desde a infância, ou quem sabe desde outras vidas, um ser-objeto que vai preencher nosso vazio existencial, vai fornecer-nos prazer ilimitado e infinito, eterna bonança, segurança e estabilidade na vida.
Em essência, essa postura revela uma característica de todos nós, seres humanos: somos buscadores irremediáveis do prazer a qualquer custo, tais como vasos a serem preenchidos com objetos do nosso desejo. Muitas vezes, achamos que vamos preencher nosso vaso comprando, comprando, consumindo. Outras vezes, comendo. Ou fumando, ou jogando, ou fazendo sexo. E todas as tentativas de preencher nosso vaso terminam sem nos trazer o resultado que desejamos. Compramos até endividarmo-nos sem limite, ou até o limite do cartão de crédito, só para depois vermos que 90 % do que adquirimos, no fundo passaríamos muito bem sem. Vimos uma torta de chocolate e desejamos comê-la inteira. Duas fatias depois, já nem mais podemos olhar para ela. Quem fuma, algo deve ver de muito atrativo no cigarro, até que percebe que o desejo não mais lhe satisfaz. Uns param (que bom!), outros partem para vícios mais pesados, sempre na eterna busca de satisfazer algo que nem sabem o que é. Com o jogo ou o sexo, não é diferente. Claro que o sexo pode ser maravilhoso, e é em certas condições, mas quando vira uma amarra, uma compulsão que visa unicamente satisfazer esse vazio cuja profundidade se desconhece, pode também escravizar, limitar, encapsular a vida.
Enquanto passamos por essas experiências de dar vazão ao desejo, de buscar a saciedade a qualquer custo, não raro encontramos alguém que nos desperta algo diferente, profundo, instigante. Queremos mais, passamos a orientar nossas antenas do desejo para a companhia, a atenção, o toque, o amor. É neste momento que tendemos a nos comportar como fazemos com todo objeto do desejo: buscamos a nossa saciedade, achamos que ele/ela está ali para nos satisfazer, tem essa obrigação, entramos no jogo da sedução com benefícios, da esperada troca de prazer que na verdade esconde a necessidade profunda de preencher aquele nosso vaso interior que não conseguimos encher nem com compras, nem com comida, nem com cigarro, nem com jogo, nem com sexo. É inevitável que isso leve ao fim da relação, às vezes antes mesmo de começar.
Passamos, então, a outra fase: a da vergonha. Sentimo-nos envergonhados do egoísmo que demonstramos, da falta de sensibilidade para como o(a) outro(a), quando percebemos que a relação afundou por causa do abismo de nossos desejos não satisfeitos. A vergonha nos faz tampar o vaso, fechar nosso coração, impedir que qualquer novo desejo por relações se manifeste. Temos vergonha de só querer receber, mas já é tarde, não há como voltar. Ou nos fechamos de vez, ou voltamos aos desejos mais materiais: compras, comida, sexo sem compromisso.
Uma relação evoluída, iluminada, com chances de durar, requer dos(as) parceiros(as) rever essa lógica perversa de tratar o outro como o objeto do desejo. Exige que tomemos consciência de que amamos não como meio de buscar a própria satisfação egoísta, mas sim como ato de entrega, de crença na vida, de lance sem retorno, de partida sem olhar para trás. Tornamo-nos, assim, vasos que refletem o desejo mútuo de dar prazer, e ao adotar essa perspectiva de entrega total, descobrimos que amamos não para nós, mas para o outro. Continuamos, sim, nutrindo as necessidades dele/dela, porque é daí que passamos a tirar o nosso prazer, e esse abraço pelo doar-se impulsiona uma espiral ascendente e iluminada pela nossa nova postura diante da vida, inspirada no desejo de dar e não no de receber a qualquer custo.
Este é, como disse no início desse texto, o maior desafio da vida. Mas quem disse que seria fácil? A alternativa é continuarmos imersos no torpor do consumismo, da gula, da luxúria ou da jogatina. Não quero que me entendam mal, não há juízo de valor quanto à opção por qualquer dessas coisas. O melhor da história é que somos livres para optar. Mas o nosso desafio continua sendo transformar o que nos move, partir de um desejo material e narcisista, até chegarmos a um desejo de profunda conexão com o que de mais puro e elevado pode haver na existência, que é o desejo de amar de verdade, sem condições nem barganhas.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
a civilização e seus descontentes
domingo, 17 de maio de 2009
gripe suína
sexta-feira, 8 de maio de 2009
eixos






quarta-feira, 6 de maio de 2009
pensamento

Esse texto de Bertrand Russell me acompanha há muitos anos. Considero-o como uma chave para inquirir, investigar, ampliar os horizontes do pensamento e, com eles, da realidade.
"O homem teme o pensamento como nada mais sobre a terra, mais que a ruína e mesmo mais que a morte. O pensamento é subversivo e revolucionário, destrutivo e terrível; o pensamento é impiedoso com os privilégios, com instituições estabelecidas e com hábitos confortáveis. O pensamento é anárquico e indiferente à autoridade, descuidado com a sabedoria curada pela idade. O pensamento espia o fundo do inferno e não se amedronta. Ele vê o homem como um frágil graveto circundado por desmesurados abismos de silêncio. Não obstante, ele se porta orgulhosamente, imutável, como se fosse o senhor do universo.O pensamento é grande, ágil e livre,é a luz do mundo e a verdadeira glória do homem. Mas se for para fazer do pensamento a possessão de todos e não o privilégio de alguns, nós teremos que acabar com o medo. o medo que restringe o homem.Medo de que suas crenças queridas se revelem como ilusões, medo de que as instituições pelas quais vive se provem maléficas, medo de que ele próprio se reconheça menos digno de respeito do que sempre supôs ser. Deveriam os trabalhadores pensar livremente sobre a propriedade? Então o que aconteceria conosco, os ricos? Deveriam os jovens pensar livremente sobre sexo? Que aconteceria então com a moralidade? Deveriam os soldados pensar livremente sobre a guerra? O que aconteceria então com a disciplina militar? Abaixo o pensamento! De volta às sombras do preconceito, sem o que a propriedade, a moralidade e a guerrra estarão ameaçadas. É melhor que os homens sejam estúpidos, indolentes e opressivos, do que sejam seus pensamentos livres. Pois se seus pensamentos se tornassem livres , eles poderiam não pensar como nós. E a quaquer custo , esse desastre deve ser evitado. "
( Bertrand Russel )
Fonte da imagem: http://www.toptenz.net/top-10-celebrities-who-read-their-own-obituary.php
sexta-feira, 10 de abril de 2009
visão de mundo

O livro 'Cosmos and Psyche", de Richard Tarnas, é um daqueles que abre horizontes. Estou ainda nos primeiros capítulos, e não resisto a compartilhar, desde logo, algumas idéias que enriquecem tremendamente o modo de olhar para o mundo à minha volta.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
como transcender a pós-modernidade?

sábado, 14 de março de 2009
como tornar-se um iluminado nos dias de hoje?

Segundo essa visão, a evolução do ser humano ocorre simultaneamente nesses dois níveis. As pessoas têm a capacidade de, por meio de seu próprio esforço, individual e coletivamente, promover a evolução tanto no nível interior (consciência) quanto exterior (cultura), ou em ambos, em busca da iluminação.
Este é um resumo muito simplificado de uma corrente de pensamento inovadora, que busca a integralidade e a realização na vida, sem necessariamente demandar o afastamento da realidade, a renúncia às atividades mundanas. Pelo contrário, é a experiência humana, na sociedade, na família, no trabalho, que forma a base para o engajamento daqueles que pretendem promover a evolução das relações entre as pessoas, com o meio ambiente, e também internamente, para aqueles que estão à procura de uma compreensão mais espiritual para o sentido da existência. Tudo está relacionado à consciência, que por nosso intermédio se manifesta, torna-se una, realizar a si própria por meio da experiência da vida.
O Ciclo do Descobrimento consistirá de uma sequência de eventos em 2009 e 2010 que visam a gerar momento para que a humanidade atinja condições de avançar para o próximo nível da evolução, no processo duplo e continuo de realização do ser e do tornar-se (being and becoming). Este ciclo prevê três semanas de retiro com Andrew Cohen na Toscana, Itália, em julho de 2009, e uma Conferência Mundial em Londres, em 2010. O retiro terá por objetivo o trabalho interior de preparação da consciência para essa espiral evolutiva. A Conferência seria o aspecto externo, cultural, da consciência aplicada às diversas manifestações sociais e experiências humanas.
Quem se interessar e quiser saber mais pode acessar o site http://www.enlightennext.org/ (em inglês).
sábado, 7 de março de 2009
felicidade interna bruta

(frase atribuída ao Rei do Butão)
Se pedirem para você responder à pergunta: o que é mais importante na vida, o dinheiro ou a felicidade? O que você escolheria?
Se a sua resposta foi felicidade, como suponho seria a de quase todo mundo, então por que temos tanto zelo em inventariar nossas finanças, somar a riqueza que produzimos, descobrir qual o nosso Produto Interno Bruto, mas não nos preocupamos com uma estatística da felicidade, um índice que demonstre - e compare - quão felizes nós somos, coletivamente?
Pensando bem, por que não? Afinal, se chegarmos à conclusão que a felicidade é mais importante que a riqueza material, por que não medi-la e, a partir daí, criar ações para aumentá-la? Por que não avaliar nossa prosperidade pela medida em que formos capazes de ser felizes, vivermos em estado de comunhão, transmitirmos essa felicidade aos que nos cercam?
Se fôssemos medir o índice de felicidade no Brasil, qual seria? Não estamos longe de fazer esse exercício: já se iniciou em São Paulo um movimento social em favor do FIB - o índice de Felicidade Interna Bruta. Teve até uma conferência nacional em outubro de 2008, em São Paulo e Campinas, e em breve será feita no Brasil a conferência internacional sobre FIB. Veja o site-blog aqui e os vídeos no YouTube aqui (parte 1) e aqui (parte 2).
Veja também essa chamada da Icatu Hartford sobre o FIB:
Foto do início: Reino do Butão, Trongsa Zdong, por Bob Witlox.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
aurora profana
sábado, 7 de fevereiro de 2009
a hora de Noé

Com tantos furacões, inundações, tsunamis, terremotos, derretimento de calotas polares, elevação das marés; com a deterioração do sistema financeiro, que atingiu em cheio o coração da economia capitalista globalizada e ainda pode contaminar os sistemas de poder, com conseqüências imprevisíveis; com os buracos na magnetosfera, que deixam nossos sistemas de comunicação e transmissão elétrica vulneráveis a tempestades solares; com o ressurgimento da pirataria no golfo de Aden (em pleno século XXI !); com a fome, a miséria e as doenças ainda dizimando populações inteiras; com tudo isso, não teríamos chegado na hora de um novo Noé aparecer no mundo, disposto a resguardar a vida em meio a águas turbulentas, e assim atravessar essa fase de destruição que parece já ter começado?
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
ego
Recebi alguns comentários em defesa do ego e achei que valeria a pena retomar essa noção. Achei noutro blog (The Cleaver) o seguinte trecho (tradução minha), que bem ilustra o que tento transmitir:
"Como se vestisse o quepe branco do capitão, o ego toma o timão, mesmo que ele não tenha a experiência suficiente para navegar. O verdadeiro trabalho do ego é cuidar dos impulsos de sobrevivência, tais como comer, beber, reproduzir, reunir-se em tribos, lutar ou fugir. Ele não está equipado para comandar uma nave grande e complexa. Consequentemente, faz uma série de erros, perde-se, avança sobre águas turbulentas e colide com outros egos. Com frequência, infringe dano em si mesmo e nos outros. Do mesmo modo, buscando justificar-se entre uma teoria ou outra, o ego só consegue alcançar resultados medíocres, se comparados com o comando magnífico e brilhante do self superior. Precisamos necessariamente convencer o ego a tomar o assento traseiro.
(...)
Ser quem você é não é nenhum vago sentimento da Nova Era. É uma disciplina rigorosa de trabalho pessoal para adquirir a consciência do presente. É uma trajetória espiritual natural. Ao trazermos nossa atenção ao momento presente, desconectamos os mecanismos egóicos da mente e a liberamos do fluxo da temporalidade. Saímos do loop do tempo (a terceira dimensão); a mente se torna imediatamente mais profunda e conectada (com a quarta dimensão). Esta é a jornada heróica do verdadeiro ser. Isso é filosofia, psicologia, espiritualidade, ciência e arte. É a realidade viva de observar nosso Dharma, nosso sagrado caminho pessoal, dia a dia, todos os dias.
Pensar e fazer são periféricos. Ser é tudo. Ser é agora. Isto é sabedoria antiga, profunda e autêntica. É o conhecimento que mais uma vez brota à superfície em milhares de mentes, retirando-as pouco a pouco da grande e recorrente amnésia da humanidade."
Não se trata, de fato de aniquilar o ego, mas de retirá-lo do comando, de compreender que existe uma força condutora nesse cosmos que é superior à nossa compreensão e que dela somos partes inseparáveis. Trata-se de deixar de lado a tola idéia de querer controlar tudo, dominar a natureza, saber-se senhor do universo. Não quero com isso desmerecer os avanços científicos que a humanidade logrou ao longo dos milênios. A mente racional, lógica, cartesiana, foi essencial para, desde o Iluminismo, alçar-nos ao patamar de consciência de que desfrutamos hoje. Parece-me, no entanto, que nossa evolução não para aqui e que o novo e significativo passo da humanidade dependerá menos do empirismo da ciência e mais da mudança de atitude e consciência interna a respeito dos fatos da vida. Essa é a mudança mais revolucionária que podemos almejar: a da nossa consciência. Se não formos capazes de ascender a um novo patamar de compreensão de nós mesmos e do nosso propósito aqui na Terra, se continuarmos a agir como consumidores hipnotizados pelos encantos materiais, se fecharmos os olhos às mudanças que se aceleram à nossa volta, como teremos condições de evitar a destruição total e o caos?
Bem, talvez
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
mulher guerreira
Conheci a Val em Brasília, quando ela foi visitar o Moroni, antes de ele se mudar para a Nova Zelândia. Ela mantém um blog e fotos no multiply. Recebi este post dela, chamado A Minha Lição de Vida, e achei que devia compartilhá-lo aqui. A vida é dela, mas a lição é para todos nós. A Val é uma mulher guerreira, que não se curva diante das adversidades da vida. Consegue encontrar coragem e resignação para continuar na luta, com paciência e fé. O texto dela, um pouco longo, é cheio de humanidade e verdade. Insisto que você entre lá e leia até o fim e conheça a história dessa fantástica mulher.
domingo, 11 de janeiro de 2009
transformação

- universo consciente: superação da visão mecanística do mundo, que passa a ser compreendido como um processo criativo, com atributos de auto-organização e intencionalidade, e ao qual nós estamos ligados de maneira integral;
- realidade multidimensional: passamos a reconhecer o real além dos limites do mundo físico, a existência de dimensões sutis que formam a matriz do universo físico que visualizamos;
- interconexão: nossas mentes estão todas reunidas numa consciência coletiva. No nível mais profundo de nossas almas, nós somos todos um.
- complementaridade entre ciência e espiritualidade: ambos levam a uma compreensão do cosmos; a ciência, junto com as humanidades e as artes, aos aspectos subjetivos e simbólicos;
- ética natural: o comportamento ético deriva da consciência interior, e não da moda ou dos padrões culturais;
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
guerra
Esse é só mais um movimento no intrincado jogo de xadrez do conflito do Oriente Médio, que não é de hoje. Israel contou com um vácuo de poder para adquirir mais uma posição de força, a partir da qual poderá negociar em melhores condições. É uma tentativa de aniquilar o Hamas, grupo considerado terrorista e portanto indesejado no governo palestino, apesar de ter sido democraticamente eleito em 2006. Há limites, portanto, para a democracia. A vontade popular pode escolher um governante do terror, e daí? Democracia, sim, desde que vença o meu candidato. Ou que o vencedor aceite as minhas condições. Nesse caso, as de Israel. Em troca, vai aceitar retirar-se de Gaza e voltar à situação em que se encontrava na véspera do bombardeio. Mas terá conseguido negociar melhor, com base na força, e terá no mínimo enfraquecido o Hamas. Mesmo que isso custe um milhar de vidas inocentes.
Vendo do outro lado, Israel só quer sobreviver, construir sua nação na terra de seus antepassados. Isso inclui não aceitar um governo vizinho que declare ter como principal objetivo aniquilar do mapa o "povo eleito". Os freqüentes bombardeios a Israel a partir de Gaza, comandados pelo Hamas, a partir de canhões escondidos em áreas densamente habitadas, escolas, asilos e hospitais, indicam provocação. Se sua própria sobrevivência está em jogo, é preciso lutar. Qualquer instinto tribal reagiria assim. Nesta guerra, portanto, não há como dizer com quem está a razão. A razão, aliás, se perdeu lá atrás, junto com o diálogo, a democracia, a diplomacia...
No duomilésimo nono ano da era cristã, é lamentável que a terra em que Cristo viveu esteja em conflito tão desumano, seja testemunha de tanto derramamento de sangue, veja esvair-se qualquer capacidade de entendimento e concórdia entre povos irmãos. Esta é uma guerra fratricida e desesperançosa. Demonstra como estamos longe de viver a paz, a harmonia e o entendimento como valores não-negociáveis, como se fossem leis naturais. Não sei se reagiria diferente, estando na posição de qualquer um dos lados, e você? Por isso, repito que essa guerra diz respeito a você, diretamente. Abençoados estamos, longe dos mísseis e da dor, ou amaldiçoados seremos, condenados a viver num mundo fratricida, onde a força vale mais que o argumento, onde a paz continua sendo um sonho distante.