terça-feira, 3 de junho de 2008

vida e morte no mundo virtual

A imprensa daqui divulgou, recentemente, o caso da adolescente que se suicidou depois que o namorado virtual terminou com ela. A ética do jornalismo evita que casos de suicídio sejam divulgados. Mas esse teve seu lado perverso e virou notícia. Não sei se a imprensa no Brasil falou no assunto.

Megan Meier, de 13 anos, tirou a própria vida quando recebeu um fora de Josh Evan, 16, com quem nunca se encontrara pessoalmente. O namoro ocorria nas salas de bate-papo e no MySpace. Ao terminar o relacionamento, o namoradinho teria mandado a ela uma mensagem em que dizia "o mundo seria melhor se você não existisse". A menina levou o comentário ao pé da letra e se enforcou no próprio quarto. Mas o lado perverso da notícia vem agora: era Josh Evan que não existia, a conta do MySpace era fictícia, um perfil falso que havia sido criado pela vizinha, Lori Drew, mãe da melhor amiga da Megan, para tentar saber o que a filha e a amiga andavam aprontando.

Isso aconteceu em 2006 e voltou às manchetes agora porque o ministério público finalmente encontrou uma base legal para processar a vizinha megera. A acusação: acesso não-autorizado a dados pessoais protegidos. Parece pouco e é - a pena máxima nesses casos é de cinco anos de cadeia. Ou não, se considerarmos que a vizinha não tinha a intenção. De qualquer modo, esse caso mostra que as bases legais válidas antes da Internet não servem mais, precisam ser atualizadas, ou o Estado não terá instrumentos efetivos para reprimir a violência on-line, com reflexos bem concretos.

O que você acha, a vizinha merece ir para a cadeia ou não? Deixe um comentário.

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