quinta-feira, 12 de junho de 2008

12 de junho - dia para falar de amor

Não sei se é por causa das duplas caipiras ou das canções do Rei, o fato é que falar de amor, nos nossos dias, virou uma coisa no mínimo brega. Fugimos do assunto como se não quiséssemos sentir, como se a sociedade exigisse de nós a renúncia a esse sentimento, em favor de uma postura intelectual, lógica, segura. Afinal, queremos parecer racionais, evoluídos e bem-sucedidos, e nessa máscara social, o amor acaba ficando sem espaço para manifestar-se.
Mas o fato é que amamos, amamos muito, todo o tempo, e na maioria das vezes nem sabemos exatamente o que isso quer dizer. Às vezes, confundimos o amor com paixão, com dependência psicológica, outras vezes achamos que amar é suprir uma lacuna de afeto que trazemos desde a infância, e daí começamos a cobrar respostas e sofrer quando elas não vêm. Então, para evitarmos sofrer, sufocamos o sentimento, e com ele vai também aquela possibilidade única, verdadeiramente humana, de oferecermos todo o nosso potencial em favor do outro, em favor da humanidade, em ato de comunhão e vida.
Esquecemos, por vezes, que o amor é um poder divino. É ele que nos aproxima de Deus, que nos faz crescer como pessoas, que nos inspira a criatividade, que nos diferencia da frieza das máquinas e que nos estimula a sentimentos ainda mais nobres, como a compaixão e o perdão.
O amor não impõe condições nem espera retorno. O amor está acima da mesquinhez do ego e da aritmética do "o que eu vou levar em troca?". O amor existe, é, e basta. Seu sentir nos eleva
acima do ego, do desejo, das paixões, da mente. Amamos quando não exigimos retorno, para logo depois ficarmos surpresos e felizes com o amor que nos retorna pelas vias mais inesperadas.
Qual a sua compreensão de amor? Você se ama? Como você tem sintonizado ultimamente com as freqüências elevadas do amor, do perdão, da compaixão? Eis uma sugestão de reflexão pessoal neste dia dedicado aos nossos amores. "Ame e dê vexame", escreveu Roberto Freire. O que temos para nos envergonhar desse sentimento tão nobre?

3 comentários:

mig disse...

O Amor tem sabores...
No meu caso, é sempre café, com ou sem açugar, com ou sem leite, os melhores com chocolate ainda...
Que sabor é do seu?

Einstein disse...

Mig,
O meu é de Leite Ninho hahahaha.

Amar é esquecer o dia dos namorados e aniversários de namoro e depois rir juntos porque ambos esqueceram.

Unknown disse...

hmmm para mim o sabor do amor tem uma certa mistura de morango e chocolate...